Débora Magalhães, University of York

Débora Magalhães, University of York

 

Por que você escolheu estudar no Reino Unido?
Eu escolhi estudar no Reino Unido porque sempre tive vontade de estudar no exterior e experienciar culturas diferentes. Além de já ser fluente em inglês, também sabia que aqui havia muito investimento e muitas oportunidades profissionais na área que queria cursar (Bioquímica e ciências biológicas em geral).

O que você mais gosta na University of York?
Acredito que o destaque da University of York, pessoalmente, sempre foi a rede de apoio disponível. A proximidade dos professores com os alunos, a solicitude dos departamentos em oferecer ajuda e a consideração da instituição de uma forma mais abrangente sempre me fizeram sentir mais à vontade para pedir ajuda, tanto acadêmica quanto pessoal. Não só isso, mas a existência de tantas “societies”, “clubs” e “colleges” acabam aumentando a dimensão e número da rede de apoio disponível para todos os alunos.

 

Débora Magalhães, University of York

 

O que você mais gosta em York?
Sendo uma pessoa de cidade grande, ainda sinto que York é aconchegante, mas sempre oferecendo novas atividades. Não posso deixar de destacar a história e arquitetura da cidade, que nunca deixam de me impressionar e proporcionam vistas lindas todos os dias. Todos os pubs antigos, restaurantes modernos e tradicionais e vários cantinhos pitorescos fazem de York uma cidade acolhedora.

Você enfrentou qualquer tipo de “choque cultural” ao chegar?
Acho que é natural para qualquer aluno internacional, ao se mudar para qualquer país, sofrer alguns choques com as diferenças sociais e do dia-a-dia. A minha primeira surpresa foi a falta dos dois beijinhos e/ou abraço ao conhecer alguém pela primeira vez – eles simplesmente acenam ou apertam as mãos! Além desses pequenos costumes (assim como eles falam mais baixo, saem do restaurante logo depois de pagar a conta, e muito mais…) acho que a maior diferença que sempre noto é como a dança e música é muito mais prevalente na nossa cultura que a deles. Não tem jeito: meus amigos sempre sabem que quando ouvem algum som em casa, sou eu com o auto-falante!

 

Debora studying in the lab

 

Você tem algumas dicas para poupar dinheiro enquanto estuda no exterior?
Ter muitos amigos ingleses certamente me ajudou nesse quesito. Com eles, aprendi quais supermercados são os mais baratos, quais marcas são mais em conta (até mesmo de cerveja!) e, o mais importante de tudo, qual é o preço “normal” para tudo no país. Quando chegamos diretamente do Brasil, ou de outros países, acabamos convertendo tudo para a nossa moeda, ou pensamos que tudo se traduz muito facilmente. Minha maior dica seria conversar com alguém que mora no país para aprender o padrão dos preços da maioria dos produtos, assim você vai saber quando estiver pagando um preço justo, baixo ou alto no seu dia a dia.

Como você acha que você se beneficiará do seu estudo no exterior?
Tenho certeza que meu estudo em York não vai só me beneficiar no âmbito profissional, mas também na minha vida pessoal. Nesses três anos, tive o privilégio de me envolver com diversos eventos e atividades diferentes oferecidos pela Universidade, como por exemplo ser capitã do time de vôlei feminino, completar um estágio de verão no laboratório, ser representante acadêmica e muito mais. Sei que agora sou uma profissional muito mais resiliente, responsável e independente do que era antes de me mudar, assim como uma pessoa com muito mais experiência em lidar com culturas diferentes, muito mais confiante e leve. Acho que realmente, o indispensável, é que criei conexões com pessoas de todo o tipo, de todos os lugares, que sei que nunca me esquecerei.

 

Débora Magalhães in York

 

Que conselho você daria para um estudante brasileiro que irá viajar para o exterior para estudar pela primeira vez?
O meu maior conselho se resume em duas palavras: coragem e perseverança! Sair de casa, muitas vezes sozinho, pode ser assustador – mas, tenha certeza, é dez vezes mais enriquecedor. Sentir falta de casa é inevitável – não é atoa que a palavra “saudade” só existe na língua portuguesa – mas a experiência de conhecer lugares novos e ver o quão vasto o mundo é por si só é deslumbrante. O processo todo exige coragem, trilhando um caminho em uma cultura desconhecida, fazendo amigos em uma outra língua com outros costumes e estudando com métodos provavelmente diferentes dos brasileiros. Ainda assim, para mim, tudo valeu a pena.