Estudar no exterior, seja para aperfeiçoar um idioma ou obter um diploma acadêmico, está tornando-se uma tendência. Em 2012, segundo dados da Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta), 175 mil pessoas viajaram do Brasil para o exterior em busca desses objetivos. O número de pessoas que fazem intercâmbio cresce cerca de 20% ao ano e especialistas já apontam que possuir uma vivência em outro país em breve será requisito obrigatório.

Listamos, abaixo, alguns benefícios obtidos por quem decide investir no exterior.

Tira o medo de falar outra língua – Diferentemente de um curso de idiomas no Brasil, quando as habilidades são treinadas apenas durante as aulas, no exterior a prática acontece o tempo todo, todos os dias. Isso ajuda a “destravar” na hora de falar com um nativo, melhorando a fluência.

Aprimora o currículo – Em um mercado altamente competitivo, ter um diferencial no currículo é imprescindível. Com a crescente globalização, as empresas buscam cada vez mais profissionais que tenham tido experiências no exterior. Para as companhias, esses candidatos possuem maior habilidade para lidar com situações novas, superar desafios e uma bagagem cultural mais ampla.

Estudantes brasileiros do programa Ciência Sem Fronteiras em Portugal/Agência Brasil

Estudantes brasileiros do programa Ciência Sem Fronteiras em Portugal/Agência Brasil

Abre os horizontes – As vantagens de estudar no exterior vão além do aspecto profissional. Ter contato com os costumes de outro país enriquece culturalmente, amplia os horizontes e abre uma nova perspectiva sobre o mundo.

Reforça a networking – Estudar no exterior significa fazer novos amigos e ampliar o círculo de contatos.

Une o útil ao agradável – É possível conciliar o estudo com viagens e passeios para novos lugares.

Maria Gonçalves Reis, de 19 anos, chegou a cerca de dois meses de um intercâmbio nos Estados Unidos e avalia a experiência. “Queria conhecer outra cultura e aprimorar o inglês, então fiquei dez meses nos Estados Unidos cursando o último ano do ensino médio. Acho que vai me ajudar pela experiência de vida e pela fluência no inglês”. Ela conta que já sente o resultado positivo no aprendizado da língua quando faz as provas de simulado no cursinho pré-vestibular.

Os cursos de idiomas, chamados de intercâmbio, são os mais procurados e o principal destino é o Canadá, indica a pesquisa. Em seguida estão os cursos de high school, que é o ensino médio no exterior, e os cursos de férias. Os cursos de pós-graduação e de intercâmbio para executivos também movimentam o setor. A faixa etária predominante de quem busca aprimorar a educação no exterior está entre os 18 e os 30 anos.

A coordenadora da Belta, Maria Aparecida Barbo, diz que é crescente a procura dos brasileiros pelo turismo de educação. Segundo ela, o desejo de estudar fora sempre existiu e cresce pela necessidade de aprimorar a qualificação profissional. O que mudou, segundo ela, é que o intercâmbio está mais acessível por causa do aumento da renda e das facilidades no pagamento.

— Em primeiro lugar está o aumento da renda, porque vontade de estudar e viajar sempre existiu. Outro fator é que o turismo de educação tem o melhor custo-benefício. Você pode escolher ficar em casa de família com duas refeições incluídas e uma semana desse tipo de acomodação corresponde a três dias de hotel, sem as refeições. E, se houver planejamento, dá pra começar a pagar um ano antes da viagem.

De acordo com Jorge Macedo, da consultoria internacional de seleção e recrutamento Michael Page, a aposta por parte das empresas de novos negócios em outros países está orientando o mercado de recrutamento.

– A experiência internacional é hoje, mais do que nunca, um requisito importante no que respeita ao recrutamento e seleção de profissionais.

Com informações da Agência Brasil