Há certos profissionais que são necessários em qualquer canto do mundo. Dentre essas profissões estão medicina, educação e saúde ambiental. Saúde ambiental é a ciência que lida com todos os aspectos do ambiente natural e urbano que afeta a saúde e segurança dos seres humanos. É uma área da saúde pública, estreitamente alinhada com a ciência ambiental. A saúde ambiental possui muitas outras áreas científicas e técnicas como toxicologia, epidemiologia, proteção alimentar, saúde e segurança ocupacional, microbiologia, gestão de resíduos, controle de doenças e vetores, gerenciamento de moradia e riscos. A saúde ambiental é a profissão que trabalha para garantir que o saneamento básico seja mantido no ambiente humano e trabalha para prevenir doenças e aumentar a segurança para as pessoas. Este esforço é o que permite a qualidade e o padrão de vida disponível na maior parte do mundo hoje em dia.

Sem a eliminação adequada dos nossos resíduos líquidos e sólidos, a garantia de um fornecimento seguro de alimentos, controle de doenças e vetores de doenças, nós seríamos atingidos com graves doenças transmissíveis, menores expectativas de vida e maior taxa de mortalidade infantil, conforme visto em determinados lugares do mundo onde os serviços de saúde ambiental têm sido paralisados ou nunca implantados. O saneamento básico e a segurança não estão disponíveis no mundo inteiro, mas a ciência, educação e tecnologia são oferecidas para as pessoas sempre que a economia local, guerras ou governos disfuncionais permitirem que mudanças sejam feitas.

Cursos de saúde ambiental nos EUA

A profissão de saúde ambiental é utilizada em todos os níveis de governo e em muitos negócios. Usando os Estados Unidos como exemplo, a profissão de saúde ambiental faz parte de departamentos locais de saúde pública que podem cobrir tanto uma só cidade, condado, condado/cidade ou departamento regional. No estado de Idaho, há oito distritos regionais que dividem o estado de forma praticamente idêntica. No estado de Dakota do Norte, há exemplos de todos os meios de organização dos departamentos de saúde e de algumas áreas que não possuem nenhuma cobertura local de saúde ambiental. Nessas organizações locais de saúde, muitos dos profissionais de saúde ambiental são generalistas e seus deveres incluem a maioria ou todas as tarefas necessárias para garantir um ambiente limpo e seguro em sua área. Em qualquer dia, esses profissionais poderiam estar conduzindo inspeções de estabelecimentos alimentícios, inspecionando para permissão da água ou sistemas de esgoto, inspecionando instituições como escolas ou casas de repouso, podendo ainda participar de uma investigação epidemiológica de um surto de doença ou monitorar o controle de vetores para se prevenir de um surto. Esta é apenas uma lista parcial dos deveres envolvidos com a saúde ambiental numa organização local de saúde. Em organizações maiores, que ficam geralmente em áreas urbanas do país, é normal que os profissionais de saúde ambiental se especializem numa competência. É assim que a maioria dos profissionais de saúde ambiental, que trabalham a nível estadual, fazem o seu trabalho. Nessas organizações estaduais, as tarefas são para itens que afetam o estado inteiro ou para o fornecimento de sua experiência para as organizações locais de saúde. Um exemplo de uma tarefa de nível estadual seria monitorar e controlar a qualidade do ar ou da água.

O governo federal dos Estados Unidos possui diversos departamentos e agências que empregam profissionais de saúde ambiental. Algumas dessas agências são a Food and Drug Administrations (FDA), o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), Environmental Protection Agency (EPA) e o United States Public Health Service (USPHS).  O exército dos Estados Unidos também usa profissionais de saúde ambiental. Por exemplo, quando o exército cria uma base de operação remota, eles precisam de quase todos os mesmos serviços de uma cidade, como fornecimento de água limpa, eliminação de resíduos e alimentos preparados com segurança.

O USPHS é o centro de comissões da área de saúde pública. Este grupo é composto por oficiais comissionados que não são militares, mas são parecidos em muitos aspectos e são equivalentes em patente e deveres. Esses oficiais servem, quando necessário, com outras agências federais como o CDC e a Coast Guard.

Há também organizações internacionais que usam profissionais da saúde ambiental. A World Health Organization (WHO), parte das Nações Unidas, possui muitas opções de carreiras na área de saúde ambiental. Algumas delas são especialista em saneamento da água, especialista em prevenção de doenças e especialista em saúde e segurança ocupacional.

Empress e outras organizações privadas empregam profissionais de saúde ambiental em níveis local, regional, nacional ou internacional. Muitas redes de restaurantes possuem seus próprios inspetores de alimentos. Empresas que fabricam produtos alimentícios têm alguém responsável pelo saneamento e segurança dos alimentos. A área de saúde e segurança ocupacional é utilizada por empresas bem menores para proteger seus funcionários e para cumprir com as regulações governamentais.

Nos Estados Unidos, há atualmente trinta cursos de graduação e nove de pós-graduacão/mestrado que são acreditados pelo National Environmental Health Science and Protection Accreditation Council (EHAC).  Esse credenciamento garante que esses cursos formem profissionais com a educação e treinamento necessário para trabalhar com competência na área de saúde ambiental. Há muitas universidades que oferecem cursos de doutorado em saúde ambiental ou em áreas similares, mas esses cursos não são acreditados pela EHAC devido ao seu alto nível de especialização e variabilidade.

Cursos de saúde ambiental nos EUA

Um diploma de bacharelado, geralmente com duração de 4 anos, é necessário para iniciar uma carreira na profissão de saúde ambiental. A educação requerida para trabalhar na área de saúde ambiental começa com cursos gerais de ciência em biologia, química, matemática e física e depois passa para cursos mais avançados de ciência. Esses cursos incluem toxicologia, epidemiologia, estatística, microbiologia e química orgânica. Uma grande variedade de cursos mais técnicos será oferecida pelo programa que será utilizada para desenvolver habilidades e aplicações tecnológicas de saúde ambiental. Assuntos como a qualidade do ar, proteção dos alimentos, gerenciamento de água e efluentes, controle de vetores, saúde e segurança ocupacional, hidrogeologia, análise de risco e saúde institucional podem ser incluídos. Cursos de Mestrado geralmente requerem o mesmo treinamento básico em ciências da saúde ambiental, mas eles podem ser mais especializados e avançados. Alguns cursos podem oferecer treinamento no gerenciamento de organizações de saúde ambiental.

Há uma alta demanda por graduados com diplomas de saúde ambiental de todos os níveis de educação. A área de saúde ambiental está crescendo mais rápido do que a maioria das demais profissões relacionadas à ciência e, ao mesmo tempo, muitos dos profissionais estão próximos à idade de aposentadoria. A necessidade de graduados com doutorado nesta área está em alta demanda, pois o preenchimento das vagas para professores está ficando crítica para manter a necessidade de graduados com diplomas de bacharelado. Os cargos mais altos de governos e empresas estão constantemente disponíveis para graduados com formação avançada.

A Association for Environmental Health Academic Programs (AEHAP) é uma organização dedicada ao apoio de cursos superiores de saúde ambiental, seu corpo docente e principalmente seus alunos com informações sobre a profissão de saúde ambiental, cursos universitários e oportunidades de bolsas de estudo. A AEAHP pode ser contatada através de seu site, www.aehap.org, ou e-mail no info@aehap.org  ou por telefone no + 1 206.522.5272.   Informações sobre os requisitos de credenciamento podem ser encontradas no site da EHAC. www.ehac.org.  Informações adicionais sobre a profissão de saúde ambiental estão disponíveis através do site da National Environmental Health Association (NEHA) no www.neha.org.

Lynn Burgess, Ph.D.
Professor of Biology, INBRE Project Director, Director of the Environmental Health Program, Dickinson State University