Programa Ciência Sem Fronteiras é opção para estudar no exterior
Lis Dias
Até 2015, mais de 100 mil estudantes brasileiros terão a oportunidade de estudar no exterior graças ao programa Ciência sem Fronteiras, mantido pelo governo federal, em parceria com a iniciativa privada. Desde 2011, o programa distribui bolsas de estudo para intercâmbio em áreas científicas consideradas prioritárias para o desenvolvimento do país. O objetivo é promover o avanço do Brasil em ciência, tecnologia, inovação e competitividade, colocando os melhores estudantes brasileiros em contato com as melhores universidades do mundo.
Fruto de parceria entre os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, o Ciência sem Fronteiras abrange diversos níveis de estudo no exterior, desde a graduação até o pós-doutorado. O programa busca ainda tem como meta atrair dois mil pesquisadores do exterior que tenham interesse em residir no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa.
Até o primeiro semestre de 2013, o Ciência Sem Fronteiras já distribuiu mais de 43 mil bolsas de intercâmbio para estudantes brasileiros. Bruno Jacob, estudante de engenharia mecânica, e Noemi da Rocha, aluna de engenharia ambiental, fazem parte desse universo, em vários sentidos. Estudantes de graduação e bolsistas do programa, desde maio fazem estágio na Nasa, a agência aeroespacial norte-americana. Os dois desenvolvem trabalhos no Jet Propulsion Laboratory, laboratório situado em Pasadena, Califórnia, centro de referência mundial em pesquisa e tecnologia espacial. “Essa experiência me agregou uma grande bagagem pessoal e profissional. O crescimento e conhecimento adquirido durante esses meses são incomparáveis. Abri os olhos para um mar de oportunidades, de crescer academicamente e profissionalmente assim como buscar sempre o melhor para mim e meu país”, ressalta Noemi, bolsista na Universidade Estadual da Carolina do Norte. Bruno também confirma que estudar no exterior é um grande diferencial. “Tenho proximidade com pesquisadores que são referência internacional, e que convivem comigo diariamente “, explica o jovem, que estuda na Universidade de Illinois, com bolsa do Csf.
Sobre o programa (fonte: site do programa Ciência Sem Fronteiras)
Objetivo: qualificar 100 mil estudantes brasileiros em universidades de excelência em diversas partes do mundo, sendo que 75 mil bolsas serão custeadas pelo governo e 26 mil pela iniciativa privada.
Duração da bolsa: até um ano.
Cobertura: Os bolsistas recebem mensalmente a partir de US$ 870 (mais benefícios) para as universidades nos Estados Unidos e de 870 euros (mais benefícios) para as instituições na Europa. Também estão incluídas as passagens aéreas, seguro saúde e taxas escolares.
Áreas contempladas:
- Engenharias e demais áreas tecnológicas;
- Ciências Exatas e da Terra;
- Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde;
- Computação e Tecnologias da Informação;
- Tecnologia Aeroespacial;
- Fármacos;
- Produção Agrícola Sustentável;
- Petróleo, Gás e Carvão Mineral;
- Energias Renováveis;
- Tecnologia Mineral;
- Biotecnologia;
- Nanotecnologia e Novos Materiais;
- Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais;
- Biodiversidade e Bioprospecção;
- Ciências do Mar;
- Indústria Criativa (voltada a produtos e processos para desenvolvimento tecnológico e inovação);
- Novas Tecnologias de Engenharia Construtiva;
- Formação de Tecnólogos.
Como se inscrever: as inscrições são centralizadas no site do programa Ciência sem Fronteiras: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br
Outras dúvidas: acesse a seção Dúvidas Frequentes no site do programa ou visite o canal do Ciência Sem Fronteiras no Youtube.